"não sou um intelectual, escrevo com o corpo."
Clarice Lispector

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Em Sépia

Budapeste
Chico Buarque, 2003

Depois de ler Budapeste, a sensação que eu tenho (e que lota meu coração de felicidade!) é que o Chico Buarque precisou de dois livros para chegar até ele. Budapeste faz Estorvo e Benjamim parecerem degraus. Se o primeiro era sombrio ao ponto de ser até meio indigesto e o segundo era todo de angústia, Budapeste consegue somar os dois e iluminar tudo em sépia.
 
Uma crítica que aparece na orelha do livro diz que, no exato instante em termina, o livro vira poesia. Vira. Impressionante ver a transformação assim, nas mãos. No fim das contas, a lógica ali era a poesia e tudo faz sentido.
 
Escrever sobre um ghost-writer também não deixa de ser uma metalinguagem bem interessante. E um tanto quanto despudorada, porque fico pensando nas pessoas pensando se isso realmente acontece. Acontece...
Budapeste encanta pelo diferente. Pelo diferente da história, da forma de narrar, do que será narrado. Budapeste encanta por surpreender na forma e no conteúdo.
 
Recomendadíssimo!

2 comentários:

Brunín Assis disse...

O ruim é que quando eu for ler Budapeste, eu já terei estudado sobre o livro, feito uma prova sobre ele e descoberto a trama toda (estudei ele em teorias da literatura I).


Mas mesmo assim eu tenho certeza que vai ser uma ótima leitura!

Rafael Fernandes disse...

Bundapeste