"não sou um intelectual, escrevo com o corpo."
Clarice Lispector

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Fazendo uma Patrícia Feliz

Caramuru - A Invenção do Brasil
Caramuru - A Invenção do Brasil
Brasil, 2001

Fazendo a mesma linha do post anterior (o do Sherlock) falo do Carumuru, filminho que tem muito do meu carinho justamente porque soma ingredientes que geralmente me fazem feliz. Resumindo a ópera: Selton Mello + Humor Pastelão + Lenine. Pronto, gente! Precisa de mais nada não, já consigo ser feliz.
 
Confesso que o Guel Arraes se repete muito: do elenco às piadas. Tirando Romance, né? Porque Romance é meio que um erro... 
Mas enfim, a repetição ainda não me incomodou porque eu achei engraçado. Caramuru é um filme que me faz rir. Da simplicidade indígena da Camila Pitanga e da Déborah Secco, da picaretagem do Selton Mello... E acho mesmo que o filme dá conta daquilo que o seu título sugere: a invenção do Brasil.
 
Gosto da forma como a brasilidade é tratada em Caramuru. Com muito carnaval, obrigada! Sei lá, eu não sou muito a favor de quem fala mal do povo brasileiro porque eu amo o povo brasileiro. Mas eu super acho que a mensagem final de tudo é que, por trás de todas as nossas trapalhadas (enquanto nação mesmo) tem um bom coração. E que talvez o nosso coração brasileiro é que meleque tudo mesmo. (seria mais ou menos, Yes, os políticos são uns imbecis mal intencionados e filhos da mãe que destroem o país que governam. Mas o povo brasileiro que colocou ele ali, aquele povo que assiste novela, comenta o Blog da Lu, liga para o BBB, esse povo despolitizado – Oi, eu sou o Gláuber Rocha – não ficou assim por malandragem, mas por um processo histórico que o criou dessa maneira).
 
Devaneios à parte, se você for azedo e não achar graça em nada, ainda pode só fechar o olho e curtir o som, porque a trilha de Caramuru é do Lenine e qualquer coisa que eu escrever agora é totalmente redundante, né?

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