sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Parem as Máquinas!
Sherlock Holmes
Sherlock Holmes
EUA, 2009
Foi bom eu ter dado um tempo para escrever sobre este filme porque tipo, quero ódio do coração de ninguém não. Mas francamente, minha gente, não dá para ser feliz assim não, hein?
Então, quando eu comprei meu ingresso eu sabia que as chances de eu gostar seriam muito mínimas. Sherlock Holmes juntava tudo o que pode ter de mais certo quando o assunto é me desagradar: o Sherlock Holmes (que eu odeio muito) + ação e aventura (que não me faz falta) + seitas ocultistas (que já deu né, gente? Este é o terreno do Dan Brown ganhar dinheiro, bora respeitar o coleguinha?) + um senso de humor sagaz (nada me deixa mais assustada do que quando falam que o senso de humor é sagaz). Fui ver por causa do sucesso e porque as pessoas estavam gostando demais, aí eu tinha que ver nem que para falar mal. E preparem-se, porque é exatamente isso o que eu vou fazer!
Começando pelo Sherlock Holmes. Chato. Detesto o Robert Downey Jr. Não venha me falar que era essa a idéia, mas eu sempre sinto como se ele estivesse interpretando como se estivesse sendo ele mesmo, ou seja, como se prestigiasse a humanidade com a própria existência. Não nego que ele fez os exercícios físicos direitinho e, embora eu seja da tribo dos magrelos com muito orgulho, não nego que o shape do Sherlock até que estava bem interessante... Mas não me convenceu, assim como esse papinho de usar a inteligência para dar golpes marciais. Oi? Alguém ensina para esse povo aquele negócio dos tipos de inteligência, porque não deu!
O clima de ação e aventura também não fez meu tipo. Eu nunca vi nada do Guy Ritchie embora ele tenha me sido muito bem recomendado por gente que eu respeito, é complicado respeitar o ex-marido da Madonna. Se ele tiver feito um filme com ela então... Achei as cenas de lutinhas (lutinhas! Chamarei eternamente de lutinhas) simplesmente pífias, normais e meeeega clichês. Todas elas. Do tipo que você consegue saber muito claramente o que vem depois. Ou seja, mais uma vez, infeliz...
Aí ainda tinha toda aquela vibe de culto ocultista e whiskas... oi? Eu acho que foi (por incrível que pareça) a forma encontrada para retornar ao universo do Sherlock, que tem essa característica de achar ciências em coisas que eram explicados por fantasmas (uma coisa que me irrita, pessoalmente, porque eu sempre achei o Sherlock meio aula de filosofia, mostrando que a racionalidade humana supera a treva de uma vida pautada pela crença, oi? Dá licença). Mas, de verdade, colocar umas coisas como sociedade secreta ajuda a desandar qualquer coisa. E no caso do Sherlock, foi o fim...
Minto, o fim é o “senso de humor”. Alguém me situa e diz: Não, Patrícia, aquele cachorrinho não foi colocado lá para você rir dele. Porque, se foi, lamento informar que não deu certo. Um cachorrinho cobaia, meu Brasil? Quer um escape cômico mais ultrapassado do que este? Nem a relação esquisita com o meu caro Watson (desculpa pai, desculpa Brasil, odeio dizer isso, mas o Jude Law pode ser um péssimo ator, ele tem direito. Bonito daquele tanto precisa de mais nada não...)
Ou seja, a mistura de ingredientes que eu não gosto resultou em um filme que... detestei! E digo mais, quando eu pensei: Céus! Tem como ficar pior? Acreditem, ficou! Ficou nojento. Dá para acreditar? Nojento... Era tudo o que eu precisava para odiar sem o menor remorso...
Mas sou obrigada a elogiar a estratégia de marketing do filme. Achei muito interessante. Porque se lançam um filme agora, que faria sucesso como fez, e lançam outro em, sei lá, 2 anos, o segundo seria rapidamente chamado de caça níquel. Para resolver isso, fizeram o dois antes do um. Ou seja, colocaram um vilão aleatório no primeiro para as pessoas se perguntares: Uai, cadê o Profº Moriarty? Tchanã! No próximo filme! Achei isso inteligente. Autorizou um dois (que Deus nos ajude...) com uma boa desculpa.
Os créditos, bem, dos créditos eu admito que gostei, mas que fique claro que os de Up são muito mais bonitos!
** Spoiler**
Ai gente, sério, aquele papinho de “Como o cara enganou um médico se fazendo de morto?” já seria tosco em qualquer lugar do mundo. Agora, na Inglaterra, onde as pessoas são alfabetizadas por Romeu e Julieta, aí foi tenso, né? Isso ser O mistério... Morro.
Sherlock Holmes
EUA, 2009
Foi bom eu ter dado um tempo para escrever sobre este filme porque tipo, quero ódio do coração de ninguém não. Mas francamente, minha gente, não dá para ser feliz assim não, hein?
Então, quando eu comprei meu ingresso eu sabia que as chances de eu gostar seriam muito mínimas. Sherlock Holmes juntava tudo o que pode ter de mais certo quando o assunto é me desagradar: o Sherlock Holmes (que eu odeio muito) + ação e aventura (que não me faz falta) + seitas ocultistas (que já deu né, gente? Este é o terreno do Dan Brown ganhar dinheiro, bora respeitar o coleguinha?) + um senso de humor sagaz (nada me deixa mais assustada do que quando falam que o senso de humor é sagaz). Fui ver por causa do sucesso e porque as pessoas estavam gostando demais, aí eu tinha que ver nem que para falar mal. E preparem-se, porque é exatamente isso o que eu vou fazer!
Começando pelo Sherlock Holmes. Chato. Detesto o Robert Downey Jr. Não venha me falar que era essa a idéia, mas eu sempre sinto como se ele estivesse interpretando como se estivesse sendo ele mesmo, ou seja, como se prestigiasse a humanidade com a própria existência. Não nego que ele fez os exercícios físicos direitinho e, embora eu seja da tribo dos magrelos com muito orgulho, não nego que o shape do Sherlock até que estava bem interessante... Mas não me convenceu, assim como esse papinho de usar a inteligência para dar golpes marciais. Oi? Alguém ensina para esse povo aquele negócio dos tipos de inteligência, porque não deu!
O clima de ação e aventura também não fez meu tipo. Eu nunca vi nada do Guy Ritchie embora ele tenha me sido muito bem recomendado por gente que eu respeito, é complicado respeitar o ex-marido da Madonna. Se ele tiver feito um filme com ela então... Achei as cenas de lutinhas (lutinhas! Chamarei eternamente de lutinhas) simplesmente pífias, normais e meeeega clichês. Todas elas. Do tipo que você consegue saber muito claramente o que vem depois. Ou seja, mais uma vez, infeliz...
Aí ainda tinha toda aquela vibe de culto ocultista e whiskas... oi? Eu acho que foi (por incrível que pareça) a forma encontrada para retornar ao universo do Sherlock, que tem essa característica de achar ciências em coisas que eram explicados por fantasmas (uma coisa que me irrita, pessoalmente, porque eu sempre achei o Sherlock meio aula de filosofia, mostrando que a racionalidade humana supera a treva de uma vida pautada pela crença, oi? Dá licença). Mas, de verdade, colocar umas coisas como sociedade secreta ajuda a desandar qualquer coisa. E no caso do Sherlock, foi o fim...
Minto, o fim é o “senso de humor”. Alguém me situa e diz: Não, Patrícia, aquele cachorrinho não foi colocado lá para você rir dele. Porque, se foi, lamento informar que não deu certo. Um cachorrinho cobaia, meu Brasil? Quer um escape cômico mais ultrapassado do que este? Nem a relação esquisita com o meu caro Watson (desculpa pai, desculpa Brasil, odeio dizer isso, mas o Jude Law pode ser um péssimo ator, ele tem direito. Bonito daquele tanto precisa de mais nada não...)
Ou seja, a mistura de ingredientes que eu não gosto resultou em um filme que... detestei! E digo mais, quando eu pensei: Céus! Tem como ficar pior? Acreditem, ficou! Ficou nojento. Dá para acreditar? Nojento... Era tudo o que eu precisava para odiar sem o menor remorso...
Mas sou obrigada a elogiar a estratégia de marketing do filme. Achei muito interessante. Porque se lançam um filme agora, que faria sucesso como fez, e lançam outro em, sei lá, 2 anos, o segundo seria rapidamente chamado de caça níquel. Para resolver isso, fizeram o dois antes do um. Ou seja, colocaram um vilão aleatório no primeiro para as pessoas se perguntares: Uai, cadê o Profº Moriarty? Tchanã! No próximo filme! Achei isso inteligente. Autorizou um dois (que Deus nos ajude...) com uma boa desculpa.
Os créditos, bem, dos créditos eu admito que gostei, mas que fique claro que os de Up são muito mais bonitos!
** Spoiler**
Ai gente, sério, aquele papinho de “Como o cara enganou um médico se fazendo de morto?” já seria tosco em qualquer lugar do mundo. Agora, na Inglaterra, onde as pessoas são alfabetizadas por Romeu e Julieta, aí foi tenso, né? Isso ser O mistério... Morro.
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2 comentários:
Eu gostei muito do filme... aposto que se fosse a mesma história com o Poirot, você ia gostar. #sendochato #revivendodiscussões
Putz, me sinto o Nelson Motta, ok?
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