"não sou um intelectual, escrevo com o corpo."
Clarice Lispector

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mata-me de uma vez...


Mata-me de Prazer
Killing Me Softly
EUA, 2002

Uma meta para a minha vida de adulta (?) é deixar de ser puritana para filmes. Cenas de sexo explícito em filmes me incomodam muito, quase sempre eu me sinto desrespeitada, agredida, invadida mesmo. Muitos filmes ganharam minha implicância por causa de cenas de sexo que me deixaram desconfortável: Cold Montain abre a lista, porque eu achei desnecessário, O Amor nos Tempos do Cólera por não ter feito cenas bonitas e Budapeste, só pra falar mal de mais uma coisa naquele filme.

Mas daí a tentar trabalhar isso na minha cabeça com um filme com o título de Mata-me de Prazer (que bem que podia ser título de um pornô) não foi lá uma boa idéia... A idéia é fazer um filme de suspense, com um enredo, e salpicá-lo com bastantes cenas de sexo explícito. Ok, vamos lá...

Uma moça solitária que vive um relacionamento tranqüilo conhece um sujeito que acaba de ficar famoso por salvar  várias pessoas de um desastre durante uma escalada. Os dois são fortemente atraídos um pelo outro e ela troca o companheiro tranqüilo por um homem de quem ela não sabe patavinas, mas que oferece a ela os mais loucos prazeres sexuais. Mas o cara é cheio de mistérios e ela, de repente, descobre que pode estar dormindo com o inimigo, se me permitem a infâmia do trocadilho.
Aí você (no caso, eu) fica naquela: se acontecer tudo o que você está prevendo no final, o filme é previsível. Neste caso, o mínimo que se espera é que tenha uma reviravolta. E tem. Mas aquela que você pensa que vai ter. O final é a segunda alternativa possível de um leque de duas opções que ficam claras para qualquer espectador que conseguir prestar atenção na trama. 

Maníacos, ou pessoas mentalmente perturbadas, costumam me incomodar, mas neste caso, Joseph Fiennes não conseguiu. E não me impressionou nem como um cara doentio, nem como um cara super sexy, como o personagem devia ser. Quem podia ter salvado um pouco a pátria era a maravilhosa Natascha McElhone, mas ela foi super mal utilizada. Maravilhosa aqui usado no sentido pleno da palavra. Natascha é uma das belezas menos cansativas de Hollywood, acho uma atriz meio mal aproveitada de um modo geral. Uma das mulheres mais bonitas em atividade, talvez por ter uma beleza totalmente destituída dos moldes que o cinema impõe e que já deu para enjoar.

Enfim, férias tem dessas coisas, ver filme na televisão tem dessas coisas... Recomendo não, achei bem chatinho.

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