"não sou um intelectual, escrevo com o corpo."
Clarice Lispector

sábado, 16 de janeiro de 2010

Nem tanto

The Incredibles
EUA, 2004

Eu gosto bastante da incrível aventura da incrível Família Pêra. Também não dá pra negar que é uma das animações mais bem feitas de todos os tempos. Acho que o balanço do cabelo da Violeta, como foi amplamente discutido no twitter, é um salto pra história da animação. E acho que há também o inegável carisma dos personagens.

Mas não sei se coloco Os Incríveis no meu hall de favoritos, mas mais por azedume meu do que por problema no filme. Não acho que a história tenha uma “lição de moral” muito interessante como Procurando Nemo, como UP ou como Carros. Ao contrário, acho que há até um certo problema com isso. Tenho um pouco de aflição dessa coisa de “ser especial”, “ser normal” e “dar o seu melhor”. Não é querendo pagar de moralista, mas eu não acho que a energia de Os Incríveis seja uma coisa muito positiva. Claro, tem toda a fofura. Tem o Sr. Incrível lembrando que a família é muito importante. Tem a Violeta acreditando no potencial dela... Mas não sei se isso supre.

Também não é um filme que me faz rir muito. Me faz rir, mas não muito. E em uma animação eu acho isso importante (sendo UP a exceção por motivos óbvios). Mas neste pónto, talvez a Edna sozinha consiga suprir essa necessiade. A melhor personagem do longa, a mais sem noção e que mais se parece com personagens de animação na história.

Mas apesar de meu texto não ter dado a entender, gosto bastante e assisto sempre que dá, mesmo sendo na Globo e com propagandas (porque animação eu sempre vejo dublado mesmo).

Nenhum comentário: