Fui parando com o tempo de acompanhar e depois foi difícil voltar. Comecei a assistir só Mônaco, Brasil e mais alguma que passasse em um bom horário. Lewis Hamilton me animou a espiar um pouco, para checar qual é que era a do “jovem fenômeno”, mas ele não me agradou. E a ascensão do Felipe Massa não serviu de motivação porque sou tomada por uma enorme antipatia por ele. Ano passado, a Brawn me animava a sentar e ver uma corrida inteira, mas não suficiente para assistir Japão ou Austrália, por exemplo.
Enfim, este ano tudo mudou. Shumacher de volta, Alonso na Ferrari, muitos candidatos ao título, muitos brasileiros na pista e o mais legal de tudo: NOVAS REGRAS! Estou apaixonada por isso que eles chamam de Nova Fórmula 1. Acho a idéia de não poder colocar combustível muito boa e as trocas de pneus vão modificar muito a lógica das paradas como conhecíamos até então. Fórmula 1 é um esporte de nerd, de bastidor, de engenheiro. O melhor carro ganha. Fato. Então eu acho muito válido adotar essas medidas que estimulem a competição “de braço”, que incentive os pilotos a se agredirem mais, a partirem para cima. A estratégia da equipe, parar na hora certa, um pit-stop bem feito, tudo isso é muito interessante e muito emocionante, concordo. Mas a ultrapassem é o gol da corrida! É ela que enche os olhos. E quanto mais incentivada, mais pegas dentro das pistas e mais divertido fica. Daí também a mudança nas pontuações. Demorei um pouco a formular uma opinião, mas eu até que gostei. Ainda defendo que a diferença do vencedor pro segundo lugar devia ser ainda maior, que a vitória tinha que ser super valorizada, mas como está já está bom.
Hoje, no Bahrein tivemos uma corrida muito interessante. E muito emocionante também. E, para mim, que sou SUPER FÃ do Fernando Alonso, uma corrida bem feliz. A largada já foi linda, e eu fiquei bem satisfeita de ver o Alonso agressivo, pegando a posição do Massa. Vettel é um ótimo piloto, conseguiu se sair relativamente bem do problema com o carro e eu torci muito para que ele conseguisse pódio. Também achei que a BLABLABLA de Hamilton podia ter ousado um pouquinho, acreditado antes e preparar um ataque do inglês ao Brasileiro. Acho que Massa nunca dá conta do Hamilton no mano a mano. Fato.
Quantos aos carros, tirando a Lotus conseguir que seus dois carros completassem a corrida (alegria!) acho que a superioridade da Ferrari não surpreendeu ninguém, mas acho que a RBR decepcionou um pouquinho. Sei lá, esperava mais da estréia da Red Bull em 2010 e tava colocando muito fé nos carros dela. Mas o 4º lugar de Vettel (por causa dos pesares) e o 8º do Webber deixaram muito a desejar.
Quem sai feliz é a Ferrari que abriu a temporada com dobradinha. A exemplo do que aconteceu com Button e Brawn no ano passado, correr no vácuo do outro neste começo de campeonato ainda é a melhor pedida. A equipe que entra mais “quente” e consegue se aproveitar deste momento em que as outras ainda estão “frias” costuma colher bons resultados.
No caso da disputa pessoal entre os pilotos de vermelho, gostaria de expressar aqui minha indignação com a Rede Globo. Palhaçada. Para a Ferrari, o importante é vencer o Construtores e emplacar um de seus pilotos campeão. Não importa qual neste caso. Claro que vai acontecer de, mais pra frente, ela começar a beneficiar um deles, é da política da equipe, mas o nome de quem vai ser o beneficiado está começando a ser escrito agora. Este ano eu acredito, de verdade, que não havia favoritismo e Felipe e Alonso começaram em pé de igualdade. Alonso se mostrou superior. Deu pra ver isso claramente na largada. (Massa comemorou demais largar na frente, alguém devia ter contado pra ele que treino é treino e jogo é jogo). Fernando Alonso deu um importante passo rumo ao posto de primeiro piloto (que existe, né, gente? Vamos ser realistas) vencendo a primeira corrida na escuderia – mesmo tendo largado atrás do companheiro de equipe – e os benefícios que ele vier a receber estarão sempre ligados ao mérito que ele teve nos primeiros passos da campeonato.
Ah, e só pra terminar, Shumacher pode até ter terminado em 6º, mas definitivamente, não dá pra dizer que ele foi um mero coadjuvante nesta estréia.
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