"não sou um intelectual, escrevo com o corpo."
Clarice Lispector

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mead me entenderia...

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios
Espenha,1988

Adoro citar Mead, um teórico muito lido pela Comunicação que define o processo comunicativo por uma “troca simbólica reciprocamente referenciada”. Em alguns casos, gosto de usar esse argumento para definir uma coisa de que eu não gostei. Porque tem coisas de que eu não gosto porque elas parecem não dizer nada para mim.

Mulheres à beira de um ataque de nervos foi minha estréia em Pedro Almodovar. Sempre tive curiosidade de conferir o trabalho dele muito por aquilo de que a gente sabe quem é o Wood Allen, o Tarantino, o Spilberg e o Almodovar, e do Almodovar eu só conhecia a fama das cores. E receio que tenha sido a única coisa que eu tenha gostado neste filme.

A história é meio bizarra, dessas que a gente não consegue traçar um início meio e fim, mas grosso modo podemos dizer que é a história de uma mulher que precisa desesperadamente falar com o amante que a deixou, mas que não consegue por uma série de percalços que incluem eventos muito, muito loucos.

Não consegui entrar naquele universo. Achei muito bonito, uma cores muito bacanas, sempre muito fortes, umas tomadas bem interessantes e tudo. Mas aqueles figurinos anos 80 (justos, eu sei) e as situações tão insólitas me deixaram terrivelmente incomodada. Acredito que deve ter havido uma falha de comunicação entre Patrícia e filme porque, depois, conversando com o meu amigo que me passou o torrent, eu até consegui ver alguma graça naquilo que antes simplesmente não fazia sentido algum pra mim.

Ainda pretendo ver mais filmes do Almodovar. Vou tentar alguns mais recentes porque confesso que o Antônio Bandeiras naquela juventude toda me perturbou um pouquinho também. Aguardem novos pitacos sobre o tema!

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